quinta-feira, 21 de julho de 2011

“A caixa de Alice”, ou “Conversando das flores”, ou “Água turva”... (*)

O nome Alice é facilmente associado à fantasia, pois então, nada mais fantasioso do que um blog. Não sei por que a necessidade humana de interagir com os outros chega a este ponto. Realmente não sei a resposta e nem estou interessado nessa busca.

Pois bem, “A caixa da Alice” está sendo aberta.

Após anos de analise, analise não, terapia, pois análise transacional é muito diferente da terapia ‘normal’. (Falar em terapia normal é ótimo...)

Hoje, aos meus 23 anos, conheci Alice, minha criança. Ela é exatamente como a versão da Disney, lindos cabelos dourados, e de uma avidez interessante. Ter descoberto as feições dela me trouxeram esperança. Preciso urgentemente ter uma longa conversa com ela. Existem algumas histórias que precisam ser aclaradas, investigadas.
Mas essas histórias serão contadas aos poucos. Afinal, Alice é arredia e desconfiada e foge das situações de pressão facilmente.

Enquanto não consigo essa reunião com Alice, vou continuar conversando com as flores que estão ao meu redor, continuar me iludindo que há melhora. Acreditando piamente que existe uma cura. Acreditando que é possível ser feliz e conviver com essa angustia terrena. Oh! Belas flores que me rodeiam, me contem suas histórias, digam-me de onde vieram, tragam a mim esse aroma de vida, enquanto não destrincho a caixa, iludam-me.

Nesse movimento de energias opostas, esgotadas de tantos redemoinhos, vejo a vida pra fora do jardim. Vejo porém com um véu. Como se as águas que preenchem meus olhos estivessem turvas. Sinto que esse modo de ver dificulta ainda mais meu encontro com Alice, penso que esses olhos turvos a deixem com medo de mim. Pena, ela não sabe que na verdade são olhos de quem não sabe enxergar sem chorar algumas perdas, algumas derrotas.

Agora que descobri mais sobre Alice, vou procurar incessantemente encontrá-la. Mas antes disso, sei que descobrirei muitas outras coisas e pessoas pelo caminho. Sei que na busca de tê-la por perto, toparei muitas outras crianças, irei a muitos outros mundos, viajarei para lugares longínquos, e esse blog é justamente pra contar essa história, essa busca, esses encontros, os desencontros.

Sejam todos bem vindos!

*A caixa de Alice (...). Surgiu de uma sugestão de nome para um livro de poesia, mas a maneira como o descobrimento de minha criança  me tocou, e de uma tal maneira que trouxe a tona a necessidade de contar essa história. Assim, a inspiração para o encontro deu a tônica, a forma e a inspiração para esse blog.

;-D

Um comentário:

  1. Gostei demais do texto, como já te disse, mas achei muito interessante essa foto. Amei!

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